domingo, 28 de junho de 2015

Sem vestígios


Comum a todos é a bondade e o desamparo.
Oportunas frestas para a atuação e glória política,
caminho relevante para expor a caridade e a solidariedade.
No entanto, o mais autêntico modo de vida é a sabedoria
e a solitude, que limita-se a experiência de poucos.
Ocultar uma boa ação enfatiza o aspecto desinteressado do autor.
E, portanto, ainda que o evento ocorra em um espaço ou região,
reforça o ponto de vista transcendente dessa experiência.


segunda-feira, 22 de junho de 2015

O caminho do sentido


Nas entrelinhas se escreve uma história,
se aceito me limito, se questiono posso ir mais além.
É meio que um mistério implícito, é onde gosto de navegar,
viajar por meio de vestígios de possibilidades, é aí que me encontro.
O meu êxtase ocorre na dúvida saciada, que me lança a outra procura.
Caminhos que se entrelaçam, portanto, abstrações ilimitadas.


domingo, 7 de junho de 2015

A flor do conhecimento


Você se recorda daquele dia?
Eu te encontrei por aí e você se esbarrou em mim.
A sua flecha certeira alcançou minhas entranhas.
Lançou-me a semente da dúvida e eu a deixei ficar.
Fomento para se achegar ao conhecimento, aprendi a questionar.
E você, tão docemente cedeu espaço para o encontro das ideias.
Necessário tempo de acomodação de concepções por uma
formação de uma identidade,  mergulhei então.
Flores formam e transformam a realidade disforme.
O percurso por entre as pedras é revestido de amor.
Portanto, a cada descoberta uma comemoração,

 entre flores e espinhos a vitória da mudança.

sábado, 6 de junho de 2015

O caminho


Quando ele completou 12 anos ninguém estava lá.
Teve necessidades, perguntas sem respostas ou soluções.
Então gritou: POR QUE ME ABANDONARAM?
É evidente que não obteve resposta, estava só.
E foi assim que conheceu a crise, conflito entre o que queria ser e
o que o mundo lhe ditava, dada sua condição de excluído.
A vitória, no entanto, foi da voz interior que o fez acreditar.
Então em silêncio implodiu uma decisão: a de ser.
E foi assim que ele se tornou um devorador de livros.
E desde antão, nunca mais esteve só, passou a dialogar com seus pares.
Ainda, as dúvidas se transformaram em pontes,
a busca obteve êxito sublime,  na dialética interdisciplinar.

Hoje, ele conta com a luz do equilíbrio... Enfim.

Por uma autonomia


Tomar posse...
Ora, e por que não?
Haja vista que o público não é privado,
que é efêmera a condição humana, ainda que sobreviva.
É possível, portanto, participar enquanto se vive,
“ser” limitado, ainda que contrário à tradição... Ser.
Ousar ser feliz é alcançar a plenitude de uma identidade.
É abraçar, portanto o amor, pleno, ilimitado e assim iluminar-se.


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Conjuntura ou conjunto?


Enquanto nada se via, acreditava-se que tudo se passava conforme a lei.
Então a visibilidade chegou, torna-se obrigatória a transparência dos fatos.
Tudo o que antes se camuflava passa a ser mostrado, falsa impressão de ineditismo.
Mais ainda, o crivo popular passa a influenciar por meio dos movimentos e conselhos.
Deliberações que podem ou não vingar, depende do acompanhamento que se faz.
Ainda que, do ponto de vista da ética a política assuste observadores atentos.
É possível perceber, que é extremamente  importante o envolvimento com as coisas públicas.
E o homem comum toma gosto, apodera-se da sua identidade, sai de si mesmo e vai.
Muito além das suas limitações outros se impõem, avançam e recuam nessa interação.
Assim, é possível distinguir, portanto, que não é a conjuntura que se perde
 e sim um conjunto egocêntrico dissidentes do propósito plural de agir.

Estes atuam por um favorecimento ilícito em detrimento daqueles de boa fé.